quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Finlandês celebra Revelhão à Cigano!

Na Finlândia, um finlandês decide celebrar a passagem de ano à antiga moda cigana de fazer alguns disparos!



Ele tirou o novo curso da PSP para a licença de porte de arma mas faltou à aula em que explicaram que os tiros de celebração de estilo cigano são disparados para o ar e não para os aminãos!

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NOTA: espero que o apanhem e castiguem convenientemente (espero também que não o prendam antes de lhe dar um tiro em cada joelho!!!)

LEI DA OFERTA E DA PROCURA

Tenho-me deparado várias vezes com uma situação:

Anda um gajo 17 anos a estudar certas coisas e depois, com a vivência, percebe-se que as coisas não são bem como nos ensinaram...

Daí a frase: "Se tudo podia ser como aprendemos na escola? Podia! mas não era a mesma coisa!"

A Lei da Oferta e da Procura diz-nos que quando a procura sobe, os preços sobem. Diz-nos essa lei, também, que subindo demasiado o preço, a procura vai descer. Logo, temos uma situação de mercado que tende para o equilíbrio!


Agora vamos ver uma situação completamente contrária e que acontece em Portugal!

Venda de Tabaco cai em Portugal em 2009
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Qualquer comum mortal pensa: "Ora bem... se as vendas estão a cair, o mais certo é o preço descer para incentivar a procura!"

... mas... vai-se a ver... e:

Preço do Tabaco aumenta a partir de 2010
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Não é que eu ache que se devia incentivar o consumo de tabaco!
Mas achei curioso o facto de as duas notícias saírem no mesmo dia!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

tratamento para homossexualidade


Ordem dos Médicos reitera que não existe tratamento para homossexualidade

O Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos reiterou que não existe qualquer tratamento para a homossexualidade. Apoiado num parecer do Colégio de Psiquiatria, este órgão entende que a homossexualidade não é uma doença, mas sim uma variante do comportamento sexual.

Consulte o artigo completo em: http://tsf.sapo.pt/

Ora bem:

Li o artigo na diagonal e parece-me que a Ordem dos Médicos teve que se pronunciar porque houve uma petição que o exigia!

Acho que os criadores da petição, assim como os que a assinaram, deviam ser também objecto de estudo. O estudo seria focado na possibilidade de curar a burrice dessa gente! Acho que já temos burros que chegue e era bom curar alguns!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Anedota - Eu não resisti!!!

> Altas horas da madrugada, um casal acorda ao som insistente da campainha da porta.
> O dono da casa levanta-se e, pela janela, pergunta:
> - O que é que você quer?
> - Olá. Eu sei que é tarde. Mas preciso que alguém me empurre. A sua casa é a única nesta região. Só você me pode empurrar!
> Louco de todo, o recém-acordado replica:
> - Eu não o conheço. São 4 horas da madrugada e pede-me para o ajudar? Ah!, Vá é cagar! Você está bêbado.
> E volta para a cama. A mulher, que também acordara, não gostou da atitude do marido:
> - Exageraste! Já ficaste sem bateria aqui há pouco tempo. Bem podias ter ajudado o indivíduo.
> - Empurrá-lo? Ele está é bêbado - desculpa-se o marido.
> - Mais um motivo para o ajudares - insiste a mulher. - Ele não vai conseguir andar sozinho.
> Logo tu, que sempre és tão prestável...
> Mordido pelos remorsos, o marido veste-se e vai para a rua:
> - Hei, eu vou te ajudar! Onde é que estás?
> E o bêbado, gritando do fundo do jardim:
> - Aqui, no baloiço! ...

domingo, 6 de dezembro de 2009

A História das 3 Fadas

Era uma vez uma prinçusa que estava presa na torre mais alta do mais alto castilho.

Um prinçuso alto belo e espadaúdo, montado no seu belo cavilho, veio em sua salvução.

O Prinçuso lutou com a sua longa espida de reluzente aço polido e com punho banhado a oiro.

Passou todas as barreiras, mitando todos os guirdas que guarduvam cada uma das portadas.

O prinçuso entrou na torre, subiu todas as escadas e sem hesitar entrou no quirto da prinçusa.

Ela olhou-o. Ele olhou-a. Eles beijaram-se... e deram 3 fadas.

Fem.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


A MENINA QUE AMOU DEMAIS - PARTE 2


Como sempre, Joana Fulgêncio foi a última a entregar a frequência. Queria que o trabalho ficasse perfeito e por isso demorava mais do que os colegas. Deveria ter terminado às 18h30 mas só saiu da escola, onde frequentava o 1º ano de Comunicação Social, perto das 19h, de terça-feira, 17 de Novembro. Às 19h18, a mãe, Paula Cristina, recebeu uma mensagem do telemóvel dela: "Não vou jantar a casa. Chego mais tarde". Achou estranho. Joana começava sempre as mensagens com Mommy e usava abreviaturas em todas as palavras. Pensou ligar à filha, mas não o fez. Sabia que ela estava com o namorado, David Saldanha, como sempre, e portanto estava bem entregue. Ainda que eles tivessem tido, três dias antes, uma grande discussão, e andassem meio zangados. Mas isso era normal. Os ciclos de zangas e reconciliações faziam parte do amor obsessivo que tinham um pelo outro. Ainda assim, havia razões para crer que a discussão da noite de sexta-feira, 13, no apartamento de David, tivesse sido invulgarmente violenta. Paula veio a saber que os vizinhos tiveram de chamar a GNR.

Joana tinha ido para lá, como era costume às sextas, para passar a noite. A mãe autorizava-a a dormir em casa do namorado para evitar que voltasse sozinha às três da manhã. Mas, daquela vez, às 11 da noite regressara a casa, explicando que tinha um trabalho de jornalismo para fazer. Paula lembra-se de ela ter passado o sábado fechada no quarto, muito triste. Pensou até que seria por não a ter deixado fazer o louco corte de cabelo que ela queria.

Quando saiu para a escola, na terça-feira, ia de minissaia e decote aberto, apesar do frio que estava em Viseu. Talvez o tivesse feito para provocar os ciúmes de David, ou para lhe agradar, na noite em que iam jantar juntos, para a reconciliação. Foram vistos a fazer compras no centro comercial Fórum Viseu, no centro da cidade, pouco depois das sete. Era impossível confundi-los. Ela, 20 anos, alta, com lentes de contacto azuis, decote e minissaia. Ele, 22 anos, mais baixo do que ela, cabelo pintado de louro, calças ao fundo do rabo e maquilhagem nos olhos. Andaram às compras no Fórum. Depois, terão ido jantar ao Palácio do Gelo, outro centro comercial, enorme e muito movimentado, à saída da cidade. A partir daí, há várias versões para o que aconteceu.

O caso de Óscar

Há quatro anos, Óscar, o padrasto de Joana, com quem ela vivia desde criança e a quem chamava pai, foi assassinado em Mangualde. Óscar trabalhava como segurança em discotecas e outras casas nocturnas, e as circunstâncias da sua morte nunca foram esclarecidas. Chegou a haver suspeitos detidos, mas as provas não foram suficientes para os incriminar. Nunca se chegou a saber quem baleou Óscar e deixou o corpo à beira da estrada que sai de Mangualde, perto da Barragem de Fagilde. Correram boatos e teorias, envolvendo figuras do mundo do crime e da polícia, e tudo isso colou um anátema à família.

Quando os pais de David souberam da relação com Joana não se opuseram, apesar das diferenças sociais. Eles são um gestor e uma professora, enquanto Paula trabalha a dias, nas limpezas. Mas a sua atitude mudou quando souberam do homicídio de Óscar e das histórias a ele ligadas. Proibiram o namoro.

David obedeceu-lhes, de início. Mas voltou clandestinamente para Joana. Esta também esteve, por várias vezes, proibida pela mãe de ver o namorado. Uma delas foi quando Paula apanhou um SMS de teor sexual de David para Joana, quando ela tinha 16 anos. David aproveitou logo para dizer aos pais que Paula o tinha ameaçado de morte. Outra vez foi por David ter desmarcado umas férias que combinaram. Foi no Verão de 2007, quando faziam dois anos de namoro. Joana estava entusiasmadíssima, não falava de outra coisa, era a primeira vez que iam viajar juntos. Mas foi nesse mês de Agosto que o telefone da Apple, o iPhone, foi lançado em Coimbra. David não resistiu e comprou logo um, a pronto, com os 600 euros que tinha guardados para as férias. Mentiu a Joana, dizendo que comprara o telefone a prestações, mas não marcou a viagem. Paula confrontou-o com a sua atitude irresponsável, dizendo que já pagara a parte de Joana, e David foi contar aos pais que Paula tinha tentado extorquir-lhe dinheiro.

A mãe de Joana proibiu-a de ver David e controlava-lhe os movimentos. Vigiava-a, lia-lhe as mensagens do telemóvel. Óscar, o padrasto, também tivera sempre o hábito de a vigiar. No tempo da escola primária, a janela da casa de banho da casa onde viviam dava para o recreio da escola. Óscar costumava sentar-se na sanita, manhãs inteiras, com uns binóculos, a observar a enteada.

Talvez por isso ela não achasse estranho que David, desde sempre, a quisesse controlar. Ambos eram ciumentos, mas Joana tinha razões para isso. O namorado traiu-a várias vezes, interrompeu a relação para andar com outras raparigas. Joana nunca teve mais ninguém. O seu amor por David era exclusivo e absoluto. Tinha o quarto repleto de fotografias dele, de t-shirts com o seu nome gravado, de páginas e páginas de diários com textos sobre ele e para ele. Era um amor excessivo. Isolaram-se do resto dos amigos. Criaram uma linguagem própria, alcunhas, códigos e private jokes. Ninguém os entendia. Ele era o "Magnum", ela a "Manga", e ambos adoravam o gelado magnum de manga. Ela era a "Couve", ele o "Emo-Punker", ela a "Abelha", ele o "Blink Racer". Tocavam a mesma guitarra, vestiam as mesmas t-shirts, usavam o mesmo perfume, Hugo Boss Soul, de homem, para serem o mesmo corpo. David espalhava velas pela casa para que, quando Joana entrasse, tudo fosse sonho à sua volta. Joana abriu o relógio de parede e substituiu o fundo do mostrador pela fotografia de David, para que todo o seu tempo fosse dele.

Paula percebeu que Joana só era feliz com David, e passou a apoiar, até a encorajar, a relação. Ofereceu-lhe uma noite para dois num hotel, quando Joana fez 18 anos, recebia David em casa, tomava conta dele como se fosse filho. Nunca pensou que ele pudesse fazer mal a Joana. Por isso não telefonou, quando recebeu aquela estranha mensagem, terça-feira, às 19h18. Quando enviou uma mensagem ao David ("A Joana está contigo?"), já era tarde: até hoje, o SMS continua pendente. Quando ligou aos pais de David, já era tarde. Quando começou, no seu carro, a correr bares e discotecas, todas as povoações, todas as estradas, já era tarde. "Onde está a minha filha?", pensava. "Será que ela está a precisar de mim?" Já era tarde quando, sem saber porquê, se dirigiu à zona onde Óscar fora encontrado morto, há quatro anos. E quando, logo a seguir, virou para aquele desvio que vai dar à Barragem de Fagilde.

O falso carjackingO que terá acontecido depois do jantar, no Palácio do Gelo? David contou depois à Polícia Judiciária de Coimbra que, à saída do centro comercial, e, quando iam a entrar no carro, foram abordados por dois homens que desconhecia mas que o chamaram pelo nome. "Vocês não sabem com quem se meteram!", terão dito os homens, antes de forçarem David a entrar no carro deles. Joana terá ido no Peugeot 306 de David, com um dos sequestradores ao volante. Depois, David terá sido agredido, forçado a beber algo que o pôs quase inconsciente, roubado e abandonado na estrada. Foi nesse estado que foi cair à porta de um bar de Fagilde. O que ele não sabia era que o bar tinha uma câmara de vídeo à entrada. Nas imagens, a polícia viu claramente David a caminhar normalmente, depois a correr e a atirar-se para o chão quando chegou à porta. Isso confirmou as suspeitas. Já desconfiavam da versão do carjacking (hoje, David está detido). Por que se daria alguém ao trabalho de roubar um carro tão velho?

"Andam à procura da minha filha?", perguntou Paula aos agentes da GNR que vinham de jipe em sentido contrário. Vinham da barragem, o local romântico que ela tinha recomendado a Joana como ideal para namorar aos domingos à tarde, com David. Os GNR mostraram-se embaraçados e não responderam. Mas logo à frente Paula viu a ambulância, depois o carro de David. Lembrou-se de um crime ocorrido há pouco tempo na região e pensou: "Talvez ela tenha sido espancada e violada. Apenas espancada e violada". Mas não.

Perante as provas, David confessou o crime. Matou a namorada desferindo-lhe golpes no crânio com um objecto metálico. A seguir, como o sangue se espalhasse por todo o carro, envolveu a cabeça de Joana num saco de plástico, meteu o corpo na bagageira e empurrou o carro pela ravina, junto à barragem.

Porquê naquele local? Terá querido simular alguma relação com o homicídio do padrasto? Haverá realmente alguma ligação? Terá David tido cúmplices? Terá sido ele a matar Joana?

Paula sempre pensou que se um dia perdesse um dos filhos, tiraria imediatamente a vida ao outro e depois a si própria. Mas agora está apenas paralisada e absorta e a única vontade que sente é a de ficar só, para poder gritar. Fá-lo quando, por momentos, não está ninguém em casa. Ou quando vai sozinha no carro. "Joana! Joana!" Fecha as janelas e, com todas as suas forças, chama pela filha.


Por Paulo Moura in Público